O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump (Republicano), anunciou neste sábado (30.nov.2024) que nomeará Charles Kushner como embaixador do país na França. O empresário dono da Kushner Co., do ramo imobiliário, é pai de seu genro, Jared Kushner, casado com sua filha mais velha, Ivanka Trump. Jared foi conselheiro sênior da Casa Branca no 1º governo de seu sogro.
“[Kushner] é um tremendo líder empresarial, filantropo e negociador, que será um forte defensor do nosso país e seus interesses. […] Juntos, vamos fortalecer a parceria da América com a França, nossa maior e mais antiga aliada”, disse Trump em publicação na rede social Truth Social.
Leia a íntegra do comunicado de Donald Trump:
“Tenho o prazer de nomear Charles Kushner, de Nova Jersey, para o cargo de Embaixador dos EUA na França. Trata-se de um extraordinário líder empresarial, filantropo e negociador, que será um forte defensor do nosso país e dos seus interesses. Charlie é o fundador e presidente da Kushner Companies, uma das maiores e mais bem-sucedidas empresas imobiliárias privadas do país. Foi reconhecido como Empresário do Ano em Nova Jersey pela Ernst & Young, nomeado para o U.S. Holocaust Memorial Council, e serviu como Comissário e Presidente da Autoridade Portuária de Nova Iorque e Nova Jersey, bem como nos Conselhos de Administração das nossas principais instituições, incluindo a NYU [Universidade de New York].
“Parabéns ao Charlie, à sua maravilhosa esposa Seryl, aos seus 4 filhos e 14 netos. O seu filho, Jared, trabalhou de perto comigo na Casa Branca, em particular na Operação Warp Speed, na Reforma da Justiça Penal e nos Acordos de Abraham. Juntos, reforçaremos a parceria da América com a França, o nosso mais antigo aliado e um dos nossos maiores!”
Quem é Charles Kushner
Kushner foi processado pelo então procurador dos EUA para Nova Jersey Chris Christie no início dos anos 2000 por evasão fiscal, adulteração de testemunhas e contribuições ilegais de campanha. Ele se declarou culpado de 16 acusações.
O procurador Christie passou a dizer, no início de 2019, que Kushner cometeu “um dos crimes mais repugnantes”, referindo-se a um plano de vingança elaborado pelo empresário para atingir seu cunhado, William Schulder, um ex-funcionário que virou testemunha para promotores federais em caso contra Kushner.
O empresário do ramo imobiliário recebeu o perdão presidencial de Trump em 2020, junto de outras 26 pessoas. A medida contemplou aliados e evitou condenações e sentenças, anulando decisões de tribunais, juízes e promotores.