A moeda norte-americana recuou 0,74%, cotada a R$ 5,7469. Já o principal índice de ações da bolsa de valores fechou estável. Dólar
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O dólar fechou em queda nesta segunda-feira (18), conforme investidores monitoram o início das reuniões do G20 no Rio de Janeiro e aguardam o anúncio do pacote de corte de gastos do governo federal.
O G20 reúne as principais economias do mundo, além da União Europeia e da União Africana. Sob comando do Brasil pela primeira vez, o encontro de líderes terá como foco o combate à fome, a mudança climática e a reforma das instituições de governança global, como a Organização das Nações Unidas (ONU).
Esses temas são prioritários na agenda internacional do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Além disso, com uma agenda esvaziada de indicadores nesta semana, investidores continuam na expectativa pelo anúncio do pacote de medidas para cortar os gastos públicos, prometidos pelo governo. Com as reuniões do G20 nos holofotes, a estimativa é que o anúncio fique apenas para depois do encontro de líderes.
No exterior, as atenções seguem voltadas para eventuais falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e para as notícias vindas da Ásia. (saiba mais abaixo)
O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, fechou estável.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
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Dólar
O dólar fechou em queda de 0,74%, cotado a R$ 5,7469. Na mínima do dia, chegou a R$ 5,7360. Veja mais cotações.
Com o resultado, acumulou:
queda de 0,74% na semana;
recuo de 0,60% no mês;
ganho de 18,43% no ano.
Na última quinta-feira, a moeda norte-americana recuou 0,01%, cotada a R$ 5,7896.
Ibovespa
O Ibovespa fechou em queda de 0,02%, aos 127.768 pontos.
Com o resultado, acumulou:
queda de 0,02% na semana;
perdas de 1,50% no mês;
recuo de 4,78% no ano.
Na última quinta-feira, o índice subiu 0,05%, aos 127.792 pontos.
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O que está mexendo com os mercados?
Em uma semana mais curta por conta do feriado da Consciência Negra no Brasil na quarta-feira (20) e sem grandes divulgações de indicadores previstas para os próximos dias, investidores começaram esta semana de olho nas reuniões do G20, que começam nesta segunda-feira (18).
O encontro reunirá líderes das maiores economias do mundo, além da União Europeia e da União Africana. O foco das reuniões será o combate à fome, a mudança climática e a reforma das instituições de governança global, como a Organização das Nações Unidas (ONU).
Com o presidente Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltados para os encontros do G20, a previsão do mercado é que o anúncio das medidas de cortes de gastos fique apenas para depois das reuniões.
Segundo analistas, apesar da demora ainda causar preocupação no mercado, a estimativa de que o governo anuncie um corte em torno de R$ 70 bilhões tem sido bem-vista pelos investidores.
“O que Haddad tem dito é que o pacote está pronto. Os números giram em torno de R$ 70 bilhões de economia na soma de 2025 e 2026, mas ainda há poucos detalhes”, disse Caio Megale, economista-chefe da XP.
A previsão, segundo Megale, é que os cortes fiquem entre R$ 25 bilhões e R$ 30 bilhões para 2025 e atinjam os R$ 40 bilhões em 2026.
A espera pelo pacote de cortes já dura mais de duas semanas. Inicialmente, investidores acreditavam que as medidas seriam anunciadas logo após o fim do segundo turno das eleições municipais. No entanto, as negociações para decidir quais ministérios seriam atingidos pelos cortes se estenderam.
No domingo (18), em entrevista à CNBC, Haddad afirmou que o pacote com medidas de contenção de gastos está “está fechado” e será divulgado em breve.
“Nós vamos anunciar brevemente, porque está faltando a resposta de um ministério […], o Ministério da Defesa”, afirmou. “Tivemos boas reuniões com o ministro [José Múcio] e os comandantes das Forças”.
Já nesta segunda-feira, o presidente do Banco Central do Brasil (BC), Roberto Campos Neto, afirmou que as taxas de juros mais longas estão em alta por uma percepção dos mercados financeiros de que o governo não conseguirá cumprir com as metas estabelecidas pelo arcabouço fiscal — regra que limita as despesas públicas.
No exterior, as atenções ficam voltadas para eventuais falas de dirigentes do Fed, conforme investidores seguem atentos a sinais sobre os próximos passos da instituição na condução da política monetária dos Estados Unidos.
Na sexta-feira, dados econômicos e de inflação fortes nos EUA continuaram a remodelar o debate sobre o ritmo e a extensão dos cortes de juros, com investidores reduzindo ainda mais suas expectativas de queda das taxas na reunião de dezembro.
A maior parte do mercado, no entanto, ainda espera um corte, com 61,9% dos economistas projetando um corte de 0,25 ponto percentual no encontro da instituição, em 18 de dezembro. Os dados são da ferramenta FedWatch, do CME Group.
Já do outro lado do mundo, comentários recentes do presidente do Banco Central do Japão (BoJ, na sigla em inglês) decepcionaram o mercado. Investidores esperava algum tipo de sinalização de alta de juros por parte do BC japonês, o que não aconteceu.
No mercado de commodities, os preços do petróleo seguem no radar, principalmente após o acirramento do conflito entre Rússia e Ucrânia.
“O preço do petróleo chegou a subir um pouco, mas voltou a cair no começo desta semana. Ou seja, mesmo com tensões importantes nas regiões ligadas à guerra, o preço do petróleo continua baixo, revelando uma baixa demanda global”, afirmou Megale.