Morto pela Polícia Militar de São Paulo durante abordagem policial na 4ª feira (20.nov.2024), Marco Aurélio Cardenas Acosta, de 22 anos, também era conhecido como MC Boy da VM. Em 2021, ele lançou uma música em que fala sobre um amigo morto pela polícia.
Na letra da música, ele diz: “Quando um amigo morre, deixa um vazio na alma. Sentimos falta das conversas, momentos de risada. Ô, meu aliado, você vai deixar saudade. Amigos nós seremos, pra toda eternidade. Inevitavelmente, o que aconteceu? Tremenda injustiça com um amigo meu. Morto a tiros pela polícia na porta de casa, ele era trabalhador e nem mexia em fita errada”.
Vídeo registrado por câmeras de segurança mostra o jovem sendo seguido e atingido por um disparo após um confronto físico com os policiais. A SSP (Secretaria de Segurança Pública) de São Paulo afirmou que Marco Aurélio reagiu à abordagem. Segundo a polícia, Marco Aurélio teria golpeado uma viatura e tentou fugir.
A DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa), a Corregedoria da Polícia Militar e o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa investigam o caso. A polícia apreendeu a arma para perícia e afastou os policiais envolvidos.
A morte causou repercussão e luto. O irmão do estudante Marco Aurélio, Frank Cardenas, e a equipe de futebol da universidade manifestaram pesar nas redes sociais.
Eis a nota da Secretaria a respeito do caso:
“As polícias Civil e Militar apuram as circunstâncias da morte de um homem de 22 anos, ocorrida na madrugada desta quarta-feira (20), na Vila Mariana, na capital paulista. Os policiais envolvidos na ocorrência prestaram depoimento, foram indiciados em inquérito e permanecerão afastados das atividades operacionais até a conclusão das apurações.
“Na ocasião, o jovem golpeou a viatura policial e tentou fugir. Ao ser abordado, ele investiu contra os policiais, sendo ferido. O rapaz foi prontamente socorrido ao hospital Ipiranga, mas não resistiu ao ferimento. A arma do policial responsável pelo disparo foi apreendida e encaminhada à perícia. As imagens registradas pelas câmeras corporais (COPs) serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).”