As ações da MicroStrategy foram as mais negociadas nas bolsas dos Estados Unidos na última quarta-feira, 20, superando gigantes do mercado como a Nvidia e a Tesla. A companhia de software voltou a atrair investidores em 2024 e disparou nos últimos meses, impulsionada pela sua relação próxima como o bitcoin.
Os dados foram divulgados pelo analista de ETFs da Bloomberg Eric Balchunas em uma publicação no X, antigo Twitter. Ele destacou que as ações da companhia totalizaram US$ 18,56 bilhões em volume negociado na quarta-feira, cerca de US$ 1,24 bilhão a mais que a segunda colocada no dia, a Nvidia.
“Superar a Tesla e a Nvidia é uma loucura. Fazem anos desde a última vez em que uma ação foi mais negociada que essas duas. A última a conseguir isso pode ter sido a GameStop”, comentou, fazendo referência à ação que disparou na época da chamada “revolta das sardinhas”.
No mesmo dia em que foi a ação mais negociada nos EUA, a MicroStrategy também registrou uma valorização de 12,56%. No mesmo período, a Nvidia teve queda de 0,74%, enquanto a Tesla desvalorizou 2,33%. Já nesta quinta-feira, 21, os papéis da companhia disparam mais de 15% nas negociações pré-abertura de mercado.
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Disparada da MicroStrategy
A disparada das ações da MicroStrategy se concentrou no segundo semestre deste ano. Apenas em novembro, os papéis da companhia saltaram 147%. O movimento firmou um novo preço máximo para os papéis da empresa, atualmente na casa dos US$ 546.
O sucesso da empresa está diretamente associado à sua estratégia de adotar o bitcoin como uma reserva de valor em seu balanço patrimonial. O movimento foi iniciado em 2020 pelo então CEO da MicroStrategy, Michael Saylor, e transformou a companhia na maior detentora institucional do ativo.
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No momento, ela soma 331,2 mil unidades da criptomoeda, avaliadas em mais de US$ 30 bilhões. Os custos com as compras totalizam US$ 16,5 bilhões, com uma margem de lucro de mais de US$ 14 bilhões devido à valorização do ativo desde que as compras foram iniciadas.
Na prática, a MicroStrategy é vista por investidores como uma forma de exposição indireta à criptomoeda, o que tem beneficiado as ações da empresa em momentos de alta do ativo como o atual, com o bitcoin firmando diversos recordes consecutivos e se aproximando da casa dos US$ 100 mil.