Alice Weidel foi confirmada como a candidata do partido Alternativa para a Alemanha (AfD), considerado de extrema-direita, para as eleições alemãs do próximo dia 23 de fevereiro. O anúncio foi feito durante uma reunião com delegados do partido no estado da Saxônia, um dos redutos do AfD, marcada por uma série de manifestações contra a realização do evento.
O AfD está em segundo lugar nas pesquisas eleitorais, com cerca de 20% das intenções de voto, atrás do bloco conservador CDU-CSU. Os planos de governo de Weidel incluem uma ofensiva contra imigrantes ilegais e deportações em larga escala.
“Se você quer chamar isso de remigração, então chame de remigração”, disse, em discurso, após o anúncio de sua candidatura. A promessa de Weidel é tirar a Alemanha do sistema de asilo europeu.
A representante do AfD também promete reduzir impostos corporativos, eliminar programas de sobre mudança climática e derrubar proibições contra motores movidos a combustíveis fósseis. Ainda no plano de política energética, Weidel defende reativar o programa de reatores nucleares.
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Apesar de ser lésbica assumida, Weidel é contrária ao que chama de ideologia “queer-woke” e promete acabar com todos os programas de estudos de gênero em universidades alemãs.
Recentemente, Weidel foi entrevistada pelo magnata Elon Musk em uma “live” na plataforma X. Na conversa de 74 minutos, fez algumas declarações polêmicas, chamando Adolf Hitler e criticou a alcunha de extremista que ganhou, dizendo que os ideais de seu partido são conservadores e libertários.
Mesmo estando bem posicionada nas pesquisas, são remotas as chances de Weidel chegar ao poder, já que há resistência de outros partidos da Alemanha em trabalhar junto com o AfD.
Elon Musk, no entanto, tem conclamado a população a apoiar a candidata. O empresário afirma ter investimentos significativos no país, como uma fábrica da Tesla, de grandes dimensões. Por outro lado, Musk é crítico ferrenho do atual chanceler, Olaf Schoolz, a quem se refere como um “tolo”.
(com agências internacionais)
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