A vítima estava internada Hospital Estadual de Franco da Rocha, na Grande São Paulo, desde 27 de outubro, quando ocorreu o ataque na Rodovia Fernão Dias em Mairiporã. Torcedor da Máfia Azul do Cruzeiro se recupera em hospital após sofrer traumatismo craniano e ter 20% do corpo queimado em emboscada de palmeirenses da Mancha Alviverde
Divulgação
Após 20 dias, o torcedor cruzeirense que ficou ferido no mês passado numa emboscada da torcida organizada Mancha Alviverde do Palmeiras contra a Máfia Azul do Cruzeiro recebeu alta médica no sábado (16) do Hospital Estadual de Franco da Rocha, na Grande São Paulo. A informação foi confirmada pela Secretaria Estadual de Saúde à TV Globo.
A vítima, cuja identidade não será revelada a pedido da família, teve 20% do corpo queimado e sofreu traumatismo craniano quando palmeirenses atacaram com barras de ferro e rojões dois ônibus onde ele e outros cruzeirenses estavam.
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A emboscada ocorreu no dia 27 de outubro na Rodovia Fernão Dias em Mairiporã, Grande São Paulo. Um dos ônibus foi incendiado e outro acabou depredado. Um cruzeirense, José Victor Miranda, morreu e 17 outros membros da Máfia ficaram feridos.
Em 7 de novembro, o homem deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e foi para o quarto, onde ficou mais nove dias internado. À TV Globo, o irmão do cruzeirense disse que “Deus salvou a vida” do torcedor. Os demais feridos também já receberam alta.
Ônibus foram destruídos durante briga entre torcedores de Palmeiras e Cruzeiro na Rodovia Fernão Dias, em Mairiporã, na Grande SP
Montagem/g1
Vingança
De acordo com a investigação policial, os palmeirenses atacaram os cruzeirenses para se vingar deles de um ataque sofreram na mesma rodovia em 2022, mas em Minas Gerais. Naquela ocasião, torcedores da Máfia bateram nos rivais da Mancha e compartilharam vídeos das agressões nas redes sociais.
No troco, os integrantes da Mancha fizeram os mesmo. A polícia analisou esses vídeos e filmagens de câmeras de monitoramento para identificar os palmeirenses que agrediram os cruzeirenses no mês passado.
7 palmeirenses identificados
Os sete palmeirenses que tiveram as prisões decretadas (da esquerda para a direita): Jorge Santos, Leandro Santos, Aurélio Lima e Alekssander Tancredi (na primeira linha); Felipe Santos, Neilo Silva e Jeovan Patini (na segunda linha)
Reprodução/Arquivo pessoal
A Polícia Civil identificou sete pessoas ligadas à torcida organizada do Palmeiras que participaram da emboscada contra torcedores do Cruzeiro.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, até esta segunda-feira (18), somente um dos membros da Mancha, Alekssander Tancredi, segue preso.
Os demais seis integrantes da torcida do Palmeirenses continuam sendo procurados e são considerados foragidos da Justiça. São eles:
Alekssander Ricardo Tancredi: torcedor da Mancha preso em 1°de novembro foi indiciado pela polícia por homicídio, lesão corporal, dano, tumulto e associação criminosa. Está detido temporariamente por 30 dias na carceragem do 8º Distrito Policial (DP), no Brás. É investigado por suspeita de participar da execução do crime.
Jorge Luiz Sampaio Santos: presidente da Mancha é apontado pela investigação como o responsável por idealizar, planejar e executar a emboscada aos cruzeirenses. Teve a prisão temporária decretada mas está foragido.
Felipe Mattos dos Santos: o “Fezinho”, vice-presidente da torcida, também é investigado por participação decisiva na execução do plano. Segue foragido.
Leandro Gomes dos Santos: o “Leandrinho”, diretor da organizada, é foragido.
Aurélio Andrade de Lima: torcedor da Mancha, está foragido.
Neilo Ferreira e Silva: o “Lagartixa”, professor de boxe e muai thai, apontado como linha de frente da Mancha na emboscada, segue foragido.
Jeovan Fleury Patini: torcedor na Mancha e foragido.
Segundo a investigação, todos os palmeirenses que forem identificados e presos responderão por participação no homicídio do cruzeirense José Victor e nas lesões corporais contra os outros membros da Máfia. Além disso, serão responsabilizados por dano, tumulto e associação criminosa.
Quem tiver informações sobre o paradeiro dos investigados pode telefonar para o Disque-Denúncia pelo número 181. Não é preciso se identificar.
Como foi planejada a emboscada da torcida Mancha Alviverde contra os rivais da Máfia Azul
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