O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços disse nesta 5ª feira (21.nov.2024) que o impacto no atraso na divulgação dos resultados do CNU (Concurso Nacional Unificado) deve ter um impacto aproximado de R$ 4,7 milhões.
O valor foi compartilhado pelo coordenador de logística do concurso, Alexandre Retamal, em entrevista a jornalistas. Ele falou sobre a mudança no cronograma e o que levou ao movimento.
A divulgação do resultado final do concurso foi adiada de 21 de novembro para 11 de fevereiro. O atraso se deve a uma judicialização na prova por causa de uma confusão na hora de fazer duas ordens no caderno:
- sinalizar no gabarito qual a versão da prova recebida pelo candidato, uma “bolinha” para sinalizar na hora da correção;
- transcrição de uma frase do caderno para o gabarito.
A Justiça Federal do Tocantins entendeu que o edital exigia condutas cumulativas para eliminação do candidato –deveria descumprir as duas diretivas de segurança.
Quem tenha executado pelo menos uma das diretivas de segurança corretamente não poderia ter sido expulso, segundo essa interpretação. Ou seja, quem só marcou a “bolinha” ou só preencheu a frase poderia entrar de novo na competição por um cargo público.
O governo fechou um acordo com a Justiça e se comprometeu a incluir os candidatos nas correções. São 32.260 novas pessoas que passarão a integrar a prova.
Alexandre Retamal disse que os problemas observados na edição de 2024 não impedem a realização de uma 2ª edição do Enem dos concursos. Segundo eles, é possível aprimorar a elaboração das provas.
“Igual nas edições do Enem, foi-se evoluindo para ter mecanismos de segurança mais avançados. E a gente continua evoluindo […] Queremos trazer umas novidades, mas na hora certa falamos disso”, afirmou o coordenador.