Técnicos da agência ambiental determinaram que chuva desta sexta (29) arrastou detritos para o rio, causando as mortes. A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) identificou, em uma vistoria neste sábado (30), que a nova mortandade de peixes no Rio Piracicaba (SP) pode ter sido causada pelo aumento da vazão da água.
Técnicos da agência ambiental não encontraram lançamento irregular de produtos químicos na região do distrito de Ártemis, onde os animais mortos estavam, e com isso, acreditam que a chuva desta sexta-feira (29) arrastou detritos para o curso do rio, causando as mortes.
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Segundo a Cetesb, a água do rio apresentava uma coloração marrom com elevada concentração de sedimentos. Esse cenário pode provocar a elevação da turbidez — ou seja, a redução da sua transparência — e a queda do oxigênio dissolvido da água, o que pode ter prejudicado a vida aquática.
Mortandade de peixes é registrada no Rio Piracicaba, no distrito de Ártemis, em Piracicaba
Reprodução/EPTV
Com volume de água baixo para a época do ano (em torno de 30 m3/s), em razão da chuva, foi registrado um pico de vazão de 87 m3/s. “No momento, a situação já se normalizou’, informou a companhia ambiental.
Em meio à piracema, período de reprodução dos peixes, a nova mortandade foi registrada na manhã deste sábado (30). Imagens feitas pela EPTV, afiliada à TV Globo, mostram peixes mortos às margens do rio — alguns boiando na água.
“Cheguei aqui e vi a mortandade de peixe, vários peixes morrendo aí. Agora é época de piracema, isso aí é um crime. Tinha vários, eu vi dourado, uns outros barbados, uns outros tipos de peixe aí que eu não conheço”, relatou o comerciante César Cardoso.
Mortandade em julho
Nova mortandade de peixes é registrada no Rio Piracicaba
Em julho deste ano, milhares de peixes mortos foram avistados às margens do Rio Piracicaba, em Piracicaba. A cena chamou atenção de quem passou pelo manancial e pescadores ouvidos pela EPTV relataram que também havia espuma na água e a coloração era anormal.
A Cetesb identificou que a causa da mortandade foi o despejo de poluentes lançados no Ribeirão Tijuco Preto, afluente do Piracicaba, por uma usina de Rio das Pedras (SP). Os resíduos, porém, seguiram o curso do rio e chegaram ao Tanquã, também causando mortandade no minipantanal.
Não é possível afirmar o número de peixes que morreram, mas a força-tarefa criada para limpeza do Rio Piracicaba, após a descarga irregular de poluente na água, recolheu 2,97 toneladas de peixes mortos. Essa quantidade é apenas da mortandade registrada na zona urbana.
Imagem aérea mostra milhares de peixes mortos no Tanquã, em Piracicaba
Reprodução/EPTV
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