Segundo especialistas, quando se perde peso o cérebro entende que há uma ameaça no organismo. Dessa forma, quando as dietas restritivas acabam, o apetite volta ainda mais intenso, provocando alterações metabólicas que facilitam o ganho de peso. Tudo isso, contribui para o conhecido efeito sanfona.
O efeito sanfona, por sua vez, está ligado à obesidade. Existem estudos que relacionam a doença com a memória e com a dificuldade de manter o peso perdido, devido à “memória” das células de gordura. Mas como esse “efeito de engorda e emagrece” afeta o organismo? Entenda a seguir.
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O que é o efeito sanfona?
Inicialmente, saiba que o efeito sanfona recebe esse nome porque a pessoa que o vive parece estar “oscilando” entre o peso que perdeu e o que reencontrou, assim como uma sanfona.
Geralmente, as pessoas que sofrem com o efeito sanfona são aquelas que desejam emagrecer rapidamente e entram em dietas muito restritivas.
Não. Estar acima do peso significa apenas que a pessoa pesa mais do que o que é considerado saudável, enquanto ser obeso está relacionado a um acúmulo de gordura que afeta a saúde geral do paciente.
É a sigla para Índice de Massa Corporal, uma fórmula que permite avaliar o peso de uma pessoa em relação à sua altura.
Como o efeito sanfona afeta o organismo
Além da dificuldade em manter o peso por um período prolongado, uma drástica alteração na dieta, como a eliminação total dos carboidratos, é interpretada pelo corpo como um sinal de escassez de alimentos.
Para se certificar de que há energia suficiente para suas funções essenciais, o organismo reduz a taxa do metabolismo, o que torna mais complicado queimar calorias e leva ao acúmulo de gordura.
Ademais, restrições severas podem levar a pessoa a reintroduzir em maior quantidade os alimentos que havia excluído, resultando em ganho de peso. Desse modo, o efeito sanfona pode ativar um gatilho para a compulsão alimentar, porque a privação é seguida por momentos de compensação.
Sobretudo, há evidências de que o efeito sanfona está associado a um aumento no risco de doenças metabólicas e cardiovasculares, tais como: diabetes tipo 2, hipertensão, aumento da atividade inflamatória e dos níveis de colesterol, redução da imunidade e maior risco de morte precoce.
Efeito sanfona e a obesidade, qual a relação?
De acordo com uma pesquisa publicada na revista Nature, a memória da obesidade está escrita nas células. Segundo o estudo, células de gordura guardam a lembrança da obesidade, se “acostumando” à condição e resistem às tentativas de perder peso.
De acordo com os pesquisadores, esta descoberta pode ajudar a explicar o efeito sanfona ou rebote pelo qual as pessoas obesas voltam a ganhar peso após a cirurgia bariátrica, por exemplo. Dessa forma, no caso de quem já esteve obeso e perdeu peso, essas células se “esforçam” para voltar ao estado anterior, dificultando o equilíbrio na balança e fortalecendo o efeito sanfona.
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