Uma pequena fruta seca tem chamado a atenção de cientistas por seus inúmeros benefícios à saúde. A noz de raposa, também conhecida de forma equivocada como semente de lótus, é rica em amido e pode ajudar no tratamento da obesidade, colesterol alto e até contribuir para um envelhecimento saudável.
Este “superalimento” está se tornando uma tendência global, com um crescimento previsto de 7% a 10% na próxima década. Além disso, até 2030, o mercado global de nozes de raposa pode alcançar US$90 milhões.
O que é a noz de raposa?
A noz de raposa é um grão redondo produzido pela flor da planta aquática Euryale ferox, também chamada de nenúfar espinhoso. Cultivada em águas rasas de regiões tropicais da Ásia, especialmente na Índia, é conhecida localmente como makhana ou phool makhana.
Frequentemente, é confundida com as sementes de lótus, que, embora tenham uma aparência semelhante, provêm de uma planta distinta chamada Nelumbo nucifera. Ambas têm um papel importante na medicina tradicional chinesa e ayurvédica (sistema indiano) e são consideradas superalimentos, mas podem ser diferenciadas pela forma: as sementes de lótus são mais alongadas e têm uma abertura característica.
Os inúmeros benefícios da noz de raposa
- Ao longo dos anos, as propriedades da noz de raposa têm sido estudadas em diversas pesquisas.
- Em uma delas, publicada neste ano, cientistas destacaram a presença de compostos importantes para a saúde celular e para combater a inflamação, que podem ajudar a melhorar o envelhecimento
- Outra pesquisa investigou os benefícios da noz para proteger o baço e os rins, bem como regular a pressão arterial e o açúcar no sangue.
- Essa supersemente é rica em proteínas, baixa em açúcar e contém magnésio, potássio e fósforo em sua composição.
- A noz pode ser ingerida tanto crua quanto torrada. Impressionantemente, na segunda opção, seu perfil nutricional é “potencializado”.
- Uma pesquisa do ano passado mostra que, quando cozidas e temperadas, as sementes aumentam a quantidade de minerais, proteínas e outros componentes.
- Os cientistas desse estudo recomendaram a noz como um lanche saudável que também pode beneficiar pessoas com distúrbios metabólicos, obesidade e diabetes.
O superalimento se saiu bem em experimentos com animais
Além dos benefícios nutricionais, cientistas também investigaram como a composição da noz de raposa pode afetar o organismo de mamíferos. Em estudos realizados com ratos, testaram um composto específico, o ácido 2β-hidroxibetulínico 3β-oleiato (HBAO).
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Eles descobriram que este composto pode ajudar a controlar os níveis de glicose e gordura no sangue, além de melhorar a saúde de órgãos como fígado e pâncreas. Embora, no experimento, o HBAO tenha sido utilizado em níveis maiores do que a quantidade encontrada em uma semente, o composto tem potencial para ser usado no desenvolvimento de novos medicamentos para o tratamento da diabetes, por exemplo.
Em outra pesquisa, o extrato das cascas das sementes mostrou bons resultados na redução da gordura no fígado e no controle do peso corporal em camundongos com doença hepática. Novamente, os resultados abrem um leque de possibilidades para a criação de terapias e remédios.
A noz de raposa ainda precisa ser mais estudada
O mercado da noz de raposa está em ascensão, e isso não é por acaso. A ciência já encontrou evidências de seus benefícios. No entanto, a pesquisa em humanos é necessária para entender como ela afeta nosso organismo. Além disso, é preciso compreender a capacidade de produção em escala e o impacto disso no meio ambiente.
Independente disso, certamente, incluir a noz de raposa na sua dieta pode fazer diferença na sua saúde. Não é por acaso que a semente é usada medicinalmente há pelo menos 3 mil anos.
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