O conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, afirmou no domingo (1º.dez.2024) que os Estados Unidos não consideram a possibilidade de devolução de armas nucleares que a Ucrânia cedeu após o fim da União Soviética.
Sullivan falou sobre o tema ao responder uma pergunta sobre um artigo publicado em novembro pelo jornal norte-americano New York Times, que afirmava que autoridades do ocidente sugeriram ao presidente dos EUA, Joe Biden (Partido Democrata), que enviasse esse tipo de armamento a Kiev antes do final do seu cargo.
“Isso não está sendo considerado, não. O que estamos fazendo é aumentar várias capacidades convencionais para a Ucrânia para que eles possam se defender efetivamente”, disse Sullivan à ABC.
A Rússia afirmou, na semana passada, que a ideia do fornecimento dessas armas à Ucrânia era uma “absoluta insanidade” e que uma das razões pelas quais Moscou enviou tropas para a Ucrânia era o de impedir esse tipo de situação. Em novembro, Biden autorizou a Ucrânia a utilizar mísseis de longo alcance fornecidos pelos EUA para atacar a Rússia.
“Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance durante estes 50 dias para fornecer à Ucrânia todas as ferramentas possíveis para fortalecer a sua posição no campo de batalha, para que sejam mais fortes na mesa de negociações”, afirmou Sullivan.
Ele continuou: “E o presidente Biden me orientou a supervisionar um aumento massivo no equipamento militar que estamos entregando à Ucrânia, para que tenhamos gasto cada dólar que o Congresso nos apropriou quando o presidente Biden deixar o cargo”, disse Sullivan.
A Ucrânia herdou armas nucleares da União Soviética após o colapso do Estado em 1991, porém as entregou em 1994 em um acordo chamado Memorando de Budapeste, em troca de garantias de segurança da Rússia, dos Estados Unidos e do Reino Unido.
Sullivan falou ainda sobre a nova equipe do governo de Donald Trump (Partido Republicano) que deve assumir no dia 21 de janeiro. “Eu encorajei a equipe ucraniana a dialogar tanto com a equipe que está chegando quanto com todos os nossos aliados e parceiros, porque, novamente, em 21 de janeiro, a guerra na Ucrânia não simplesmente desaparece”, disse Sullivan a Karl.
“Obviamente, a nova equipe terá sua própria política e abordagem, e não posso falar por ela, mas o que posso fazer é garantir que coloquemos a Ucrânia na melhor posição possível ao passar o bastão”, completou.