As autoridades antitruste do departamento de justiça dos Estados Unidos entraram com um pedido no tribunal federal, na noite de 4ª feira (20.nov.2024), para que o Google venda o seu navegador Chrome. O pedido de separação visa corrigir o monopólio de buscas da empresa.
O caso segue uma decisão histórica de agosto, quando um juiz determinou que o Google mantinha monopólio ilegal do mercado de buscas online e informou que a Alphabet, empresa dona do Google, deveria acatar com as medidas corretivas que seriam impostas até agosto de 2025.
As investigações concluíram que a empresa pagou cerca de US$ 26,3 bilhões em 2021 em acordos para se tornar o mecanismo de busca padrão de empresas como Apple e Samsung. Avaliada em US$ 2 trilhões, é dona de cerca de 67% do mercado global de navegadores.
O governo dos Estados Unidos também solicitou, na noite de 4ª (20.nov), que a empresa escolhesse entre vender seu sistema operacional Android ou que parasse de tornar seu serviço obrigatório em celulares que possuem o sistema. O não cumprimento da decisão levaria o Google a uma venda forçada do seu sistema.
O governo também pediu ao juiz que impedisse a Big Tech de firmar acordos para se tornar o mecanismo de busca padrão de empresas e determinou que o Google deve fornecer acesso aos seus dados de resultados de busca por 10 anos.
Esta não é a 1ª vez que o Google é acusado de manter monopólios pelo governo dos Estados Unidos. Em setembro, o Tribunal Federal do Distrito Leste da Virgínia começou um julgamento contra a empresa por práticas antitruste no mercado de publicidade digital.
De acordo com a acusação, o Google utilizou de ações para impedir a livre concorrência, de prejudicar anunciantes e sites que vendem anúncios digitais e consumidores e de comprar concorrentes para consolidar seu poder. Leia o documento na íntegra (PDF – 3 MB).