Publicação classificou Haddad como a “força por trás” de Lula de transformar o Brasil em um líder climático global. Fernando Haddad
ALOISIO MAURICIO/ESTADÃO CONTEÚDO
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi escolhido como um dos líderes mais influentes do mundo a conduzir os negócios para uma ação climática real pela revista Times.
A lista dos 100 líderes do clima mais influentes nos negócios foi divulgada nesta terça-feira (12) e destaca Ajay Banga, presidente do Banco Mundial, como a personalidade mais influentes no tema.
Outros nomes de figuras importantes estão na lista, como o magnata Bill Gates — fundador das organização de inovação em energia sustentável Breakthrough Energy, além de fundador da Microsoft— e o príncipe Harry, que fundou a Travalyst, plataforma com informações de opções de viagens mais sustentáveis.
Veja a lista dos 10 mais influentes:
Ajay Banga, presidente do Banco Mundial
Jennifer Granholm, secretária do departamento de energia dos Estados Unidos
Bill Gates, fundados da Breakthrough Energy e TerraPower
Susana Muhamad, ministra do Clima e Desenvolvimento Sustentável da Colômbia
Príncipe Harry, fundador da Travalyst
Anne Hidalgo, prefeita de Paris
Claudia Sheinbaum, presidente do México
Damilola Ogunbiyi, presidente da organização Sustainable Energy for All (Energia Sustentável para Todos) e copresidente da divisão de Energia da ONU
Ed Miliband, secretário de Energia do Reino Unido
Fernando Haddad, ministro da Fazenda do Brasil
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‘Força por trás de Lula’
A revista Times classificou o ministro Fernando Haddad como “a força por trás da missão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de transformar o maior país da América Latina, que antes estava atrasado em prioridades ambientais, em um líder climático global”.
Em entrevista à publicação, Haddad disse que seu plano de transformação climática é criar milhões de novos empregos verdes e impulsionar o crescimento econômico.
O objetivo, segundo o ministro, é “mostrar que o planeta é capaz de conciliar uma agenda ambiciosa de sustentabilidade com uma agenda econômica e produtiva ambiciosa”.
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A Times analisa que algumas das medidas de Haddad “apenas colocariam o Brasil em pé de igualdade com os vizinhos latino-americanos após quatro anos de retrocesso sob o ex-presidente Jair Bolsonaro”. Neste “pacote”, destaque para a emissão de títulos verdes, por exemplo.
Porém, outras ações, como o projeto de lei que quer criar um mercado de comércio de carbono no país antes de da COP30, colocariam o país entre “apenas um punhado de países em desenvolvimento na vanguarda das finanças verdes — e à frente de outras grandes economias como os EUA e o Canadá”.
“A mensagem que queremos enviar ao mundo é que é impossível enfrentar o desafio climático sem olhar para sua conexão íntima com as finanças internacionais”, afirmou Haddad.