O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ, na sigla em inglês) realmente sugeriu que o Google vendesse seu navegador Chrome. Para o governo estadunidense, isso iria restaurar a concorrência no mercado de buscas on-line. Em outras palavras, quebraria o monopólio do Google.
O processo, apresentado na noite de quarta-feira (20) no Tribunal Distrital de Washington, refina a proposta inicial do DOJ sobre as medidas corretivas. Medidas essas sugeridas após o juiz Amit Mehta determinar que o Google manteve monopólio ilegal sobre buscas e publicidade.
Antes da apresentação do processo, já se ventilava quais propostas o DOJ faria. Além da venda do Chrome, o “pacote” sugerido pelo governo dos EUA abre caminho para uma possível separação do Android dos negócios do Google.
DOJ sugere venda do Chrome e desmonte do Android caso outras medidas sejam insuficientes
O DOJ propõe medidas que incluem a separação do Chrome e potencialmente do Android caso outras ações sejam insuficientes para restaurar a concorrência. Ou para evitar que o Google contorne as novas regras.
Além disso, o DOJ sugere proibir o Google de:
- Pagar para ser o mecanismo de busca padrão (como fez com a Apple para ser o buscador padrão no Safari no iPhone, iPad e Mac);
- Priorizar seu mecanismo de busca em suas plataformas (YouTube e Gemini, por exemplo);
- Dificultar a presença de concorrentes.
O DOJ também propõe que o Google permita a concorrentes o uso do seu índice de busca a custos acessíveis e escolher, sem ter prejuízo, não aparecer nas “AI Overviews” – “Visão geral criada por IA”, aqueles resumos gerados pelo Google na Busca.
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O DOJ apresentará uma versão revisada de suas propostas em março de 2025, antes do retorno ao tribunal em abril – quando o juiz determinará as medidas corretivas para restaurar a competição no mercado de buscas on-line.
Outro lado
O Google classificou as medidas do DOJ como “excessivamente radicais“ e afirmou que elas prejudicariam os consumidores e a liderança tecnológica dos Estados Unidos. É o que consta numa declaração atribuída a Kent Walker, Diretor Jurídico da Alphabet, publicada no blog do Google.
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