A Confederação Coreana de Sindicatos (KCTU), maior entidade sindical da Coreia do Sul, prometeu nesta quarta-feira, 4, iniciar uma greve até que o presidente do país, Yoon Suk-yeol, assuma a responsabilidade por declarar lei marcial e renuncie ao cargo.
“Estaremos unidos ao povo e lideraremos a luta pela renúncia imediata do presidente Suk-yeol”, disse um funcionário da KCTU durante uma entrevista coletiva, informou a agência de notícias sul-coreana “Yonhap”.
Entenda o que é lei marcial, medida anunciada pelo presidente da Coreia do Sul
“A greve geral da KCTU será o ponto de partida para resolver a era desigual e polarizada e dar início a uma nova era que respeite o trabalho”, acrescentou.
Os sindicatos ligados a essa confederação decidirão individualmente quando iniciarão suas greves, e os da região metropolitana da capital, Seul, planejam se reunir na Praça Gwanghwamun pela manhã, para protestar contra o governo Yoon.
Yoon declarou lei marcial de emergência na noite de terça-feira, acusando o principal partido de oposição de atividades “antiestatais”, mas a suspendeu seis horas após o Parlamento votar pelo fim da medida.
O Partido Democrático (PD), o principal da oposição, que conta com a maioria no Parlamento e foi acusado por Yoon de ser “pró-Coreia do Norte”, também exigiu a renúncia do presidente e anunciou que iniciará imediatamente um processo de impeachment se ele não deixar o cargo por conta própria.