A MicroStrategy, empresa de software que também é a maior detentora institucional do bitcoin, anunciou na última segunda-feira, 18, que pretende reunir US$ 1,75 bilhão (R$ 10 bilhões, na cotação atual) a partir da emissão e oferta de notas conversíveis para usar os recursos para comprar mais unidades da criptomoeda.
O plano foi revelado por Michael Saylor, ex-CEO e atual presidente do conselho da companhia, em uma publicação no X, antigo Twitter. As notas não terão juros e têm vencimento previsto para 2029, com oferta restrita apenas para investidores institucionais.
Segundo a companhia, o montante previsto com a arrecadação seria suficiente para adquirir mais 19 mil unidades de bitcoin. Atualmente, a empresa é dona de 331,2 mil unidades da criptomoeda, avaliadas em mais de US$ 30 bilhões. Os custos com as compras totalizam US$ 16,5 bilhões.
Dados da MicroStrategy apontam ainda que o custo médio de compra é de US$ 49,8 mil por unidade da criptomoeda adquirida nos últimos quatro anos. Como o preço sugere, a estratégia da empresa resultou em um lucro significativo devido à valorização do ativo, que atualmente supera os US$ 91 mil.
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A última aquisição da companhia foi divulgada na última segunda-feira, 19. Ao todo, a MicroStrategy investiu cerca de US$ 4,6 bilhões (R$ 26,5 bilhões, na cotação atual) na aquisição, obtendo cerca de 51,7 mil unidades da criptomoedas. A compra foi a segunda apenas no mês de novembro.
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MicroStrategy e o bitcoin
Recentemente, a MicroStrategy também anunciou que pretende investir mais US$ 42 bilhões (R$ 242 bilhões, na cotação atual) em compras de unidades de bitcoin. Para reunir o valor, a companhia pretende emitir US$ 21 bilhões em títulos de dívida e emitir mais R$ 21 bilhões em novas ações para o mercado.
A relação entre o bitcoin e a MicroStrategy também tem atraído investidores para as ações da companhia, com os papéis sendo tratados no mercado como uma forma de exposição indireta à criptomoeda. Apenas em novembro, as ações acumulam uma alta de mais de 70%.
A empresa ainda anunciou recentemente que pretende se tornar um “banco de bitcoin”. A ideia é que a companhia conecta criptomoeda a áreas como ações, renda fixa e notas conversíveis, oferecendo exposição ao ativo.