Descoberto em 2005, o Mosaico do Megido é um dos mais importantes achados arqueológicos recentes da história do cristianismo. A arte data do século III d.C. período em que a religião era proibida no Império Romano e agora está aberta ao público pela primeira vez.
A peça está no Museum of the Bible (Museu da Bíblia), localizado em Washington DC, nos Estados Unidos, até julho de 2025. Depois do período aberta, a obra retorna para o Ministério das Antiguidades de Israel, sua morada fixa, onde não fica exposta.
O mosaico foi usado como decoração em usa sala de mais de 40 metros quadrados no período em que ser cristão era crime. Ou seja: possuir esse objeto era algo bem perigoso. Por isso é incomum obras cristãs tão grandes dessa época.
Mosaico é do período em que o cristianismo era proibido
Acredita-se que a sala era usada como uma espécie de igreja, antes que as estruturas da forma como conhecemos hoje fossem erguidas. O local provavelmente foi fornecido por um soldado romano ainda nos primórdios do cristianismo. O mesmo homem também é apontado como um dos financiadores da obra.
Mas não foi ele quem construiu o mosaico. O artista responsável pela peça é Brutius. De acordo com o site do museu, os entalhes feitos por ele são bem detalhados e impressionantes pera a época.
Neste mosaico, padrões, tecidos e desenhos geométricos são predominantes. No entanto, há três caixas retangulares com inscrições em grego e um círculo central representando dois peixes. Representações (ou ausência de representações) de humanos ou animais são frequentemente indicativas do sentimento religioso daqueles que andavam no chão. Nenhuma imagem (pense na proibição de fazer qualquer imagem nos Dez Mandamentos) estava presente neste mosaico, exceto esta de dois peixes, que deve lembrar o observador da história dos pães e dois peixes nos Evangelhos
Museum of the Bible
No centro do local existe uma mesa, que homenageia uma mulher chamada Akeptous, que ajudou a financiar o local. Na peça está escrito “a Deus Jesus Cristo”. A inscrição é bem impressionante, já que esse tipo de texto se tornou comum apenas décadas depois.
Akeptous não é a única mulher identificada na escrita no piso de mosaico, pois havia também uma caixa final que pede àqueles que lerem a inscrição para lembrar de quatro mulheres: Primilla, Cyriaca, Dorothea e Chreste. Não há indicação se essa cobrança para lembrar foi devido a uma perda trágica ou foi apenas um memorial geral, talvez elas também fizessem parte do suporte financeiro da sala e estivessem sendo demonstradas gratidão.
As decorações, inscrições e mesa centralizada apresentam uma imagem de um grupo, de diferentes estilos de vida e status, todos unidos no que parece ser os primórdios do que conhecemos hoje como uma igreja cristã.
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