Ator e diretor santista morreu nesta quinta-feira (26) aos 80 anos. Desde 2009, ele tem uma estrela na calçada da fama do Cine Roxy, em Santos (SP), um dos cinemas de rua mais antigos do país, com 90 anos. Ney Latorraca tem estrela na calçada da fama do Cine Roxy, em Santos (SP)
Globo e Yasmin Braga/TV Tribuna
O ator e diretor santista Antonio Ney Latorraca morreu nesta quinta-feira (26), aos 80 anos, em um hospital do Rio de Janeiro. Nascido em Santos, no litoral de São Paulo. Referência na área de atuação, o artista foi reconhecido e eternizado na terra natal, em 2009, com uma estrela na calçada da fama do Cine Roxy, um dos mais antigos cinemas de rua do país.
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Latorraca estava internado desde o dia 20 de dezembro na Clínica São Vicente, na Gávea, por conta de um câncer de próstata e morreu em decorrência de uma sepse pulmonar. Ele deixou o marido Edi Botelho.
Calçada da fama
A estrela em homenagem a Latorraca em frente ao Cine Roxy, na Avenida Ana Costa, no bairro Gonzaga. A calçada da fama homenageia santistas ou pessoas que ganharam o mundo.
Além de Ney Latorraca, os atores Nuno Leal Maia, Bete Mendes, Sergio Mamberti e Luciano Quirino também estão no local, bem como o crítico Rubens Ewald Filho, o maestro Gilberto Mendes, o jogador Neymar, os surfistas Cisco Araña e Picuruta Salazar, entre outros.
Estrela de Ney Latorraca no Cine Roxy, em Santos (SP)
Yasmin Braga/TV Tribuna
Carreira
O artista estreou na Globo em 1975 na novela “Escalada” e, ao longo da carreira, se destacou em novelas e programas humorísticos, como Quequé, em “Rabo de saia” (1984), o vampiro Vlad, em “Vamp” (1991) e Barbosa, em “TV Pirata”.
Ao todo, Ney Latorraca atuou em 18 novelas, seis minisséries e oito seriados da Rede Globo. Ele ainda tem no currículo 23 longa-metragens e 13 peças.
História
Ney Latorraca nasceu em Santos no dia 25 de julho de 1944. Era filho de artistas. O pai, Alfredo, era cantor e crooner de boates, e a mãe, Tomaza, corista.
Na infância, morou em São Paulo e no Rio de Janeiro, até voltar para Santos e prestar exame no Instituto de Educação Canadá, escola onde formou, com um grupo de amigos que lá estudavam, a banda Eldorado.
Pouco tempo depois, o ator participou da peça “Reportagem de um tempo mau”, com direção de Plínio Marcos, no Teatro Arena, em São Paulo. O trabalho não chegou a entrar em cartaz por ter sido censurado pelo governo militar – alguns atores da peça foram, inclusive, presos.
Sua estreia no teatro aconteceu em 1964, em uma peça de escola chamada “Pluft, o fantasminha”. Na época, ele tinha 19 anos. O sucesso fez com que a peça ganhasse fama fora dos muros do Instituto de Educação Canadá.
No ano de 1969, finalmente estreou na televisão em “Super plá”, na TV Tupi, e no cinema em “Audácia, a fúria dos trópicos”.
Em seguida, trabalhou na TV Cultura e na TV Record, antes de estrear de vez na Rede Globo em 1975, na novela “Escalada”, de Lauro César Muniz, cujo elenco contava ainda com Tarcísio Meira e Susana Vieira.
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