Moradores e turistas podem colaborar com o envio de vídeos e fotos para monitorar tubarões, raias, tartarugas e barracudas. Pesquisadores querem registros de tartarugas
Ana Clara Marinho/TV Globo
A Rede Onda ILOC, que é o grupo Observadores da Natureza para o Desenvolvimento Ambiental das Ilha Oceânicas, deu início nesta quarta (26) a uma campanha para receber registros da fauna de Fernando de Noronha. A ideia é usar o Projeto Ciência Cidadã para monitorar tubarões, raias, tartarugas e barracudas.
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Os pesquisadores querem receber a colaboração da sociedade. Os moradores e os turistas que visitam Fernando de Noronha podem ajudar com o envio de imagens e fotos desses animais marinhos, uma forma de contribuir com o monitoramento da biodiversidade.
“Nosso objetivo é unir os cidadãos não acadêmicos e os pesquisadores para buscar soluções para os problemas socioambientais identificados”, informou a pesquisadora da Rede Onda ILOC, Juliana Fonseca, que é doutoranda em ecologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
A rede reúne pesquisadores de todo o país e tem o financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Os registros serão encaminhados para os estudiosos das espécies.
“Essas fotos e vídeos vão ajudar a ampliar o mapeamento e o monitoramento de tartarugas, raias, tubarões e barracudas. Com isso, a gente consegue entender como essas espécies usam Fernando de Noronha e como interagem com o ambiente e com as pessoas que usam esse local”, falou Juliana Fonseca.
Os pesquisadores pedem que sejam identificados local, dia e hora dos registros. As fotos e imagens podem ser encaminhadas para o WhatsApp (21) 9 7203-1568, para e-mail midiassociaisondailoc@gmail.com, ou por mensagem para o Instagram @onda_iloc.
Pesquisadores também precisam de registros de tubarões
Ana Clara Marinho/TV Globo
Importância de Noronha
Juliana Fonseca explicou a importância de Noronha para as pesquisas.
“Fernando de Noronha é importante por conta das questões geomorfológicas, ecológicas e evolutivas. A ilha também tem uma ocupação e um histórico de ocupação diferente das demais ilha oceânicas”, revelou.
A pesquisadora disse que Noronha é a única ilha com moradores residentes, escola, pescadores e turismo frequente. Isso aumenta a possibilidade da participação das pessoas no monitoramento.
A estudiosa informou ainda que o Projeto Ciência Cidadã auxilia a conservação.
Além do apoio à produção de conhecimento científico, promove o engajamento de cidadãos não acadêmico e tem o potencial de ampliar a rede de pessoas no desenvolvimento da sustentabilidade ambiental.
“A participação de voluntários permite que o conhecimento das ciências do mar chegue a diferentes públicos da sociedade. Os colaboradores vão fazer parte da produção do conhecimento”, declarou Juliana Fonseca.
Além de Fernando de Noronha, os pesquisadores também fazem campanha para receber registros da fauna da Ilha de Trindade, no Espírito Santo.
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