Organizações não-governamentais de todo o mundo enviaram nesta 3ª feira (19.nov.2024) uma carta aos líderes do G20 bem como a instituições que financiam a Aliança Global Contra a Pobreza e a Fome, principal bandeira do Brasil à frente da Presidência do G20. Pedem aumento de “acesso a dietas adequadas, diversificas e saudáveis” no projeto de erradicação da fome e da pobreza.
Segundo o documento, análise da Coalizão Stop Financing Factory Farming mostra que, somente no último ano, os maiores bancos de desenvolvimento forneceram quase R$ 3 bilhões em apoio ao setor de pecuária industrial.
“O financiamento é essencial para combater a fome, mas esse incentivo precisa ser direcionado para sistemas alimentares saudáveis e sustentáveis, de modo a apoiar, e não a prejudicar esse objetivo”, diz trecho da carta. Eis a íntegra (PDF – 208 kB).
As instituições afirmam ainda que a pobreza e a fome são, em grande parte, consequência de falhas estruturais no sistema econômico, que agravam desigualdades sociais.
“A insustentabilidade dos sistemas alimentares atuais é um dos principais vetores desse complexo desafio, que desperdiça recursos críticos, prejudica economias, compromete a segurança alimentar e exacerba as vulnerabilidades a eventos extremos”, diz.
Leia a lista das instituições que assinaram o documento:
- Ação da Cidadania;
- Compassion in World Farming;
- Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal;
- Friends of the Earth U.S.;
- Global Youth Coalition;
- Good Food Institute Brasil;
- Humane Society International;
- ICLEI Governos Locais pela Sustentabilidade – América do Sul;
- International Accountability Project;
- Instituto Comida e Cultura;
- Instituto Sea Shepherd Brasil;
- Mercy For Animals no Brasil;
- Proteção Animal Mundial – Brasil;
- Sinergia Animal;
- Sociedade Vegetariana Brasileira;
- World Animal Protection;
- World Food Forum – Argentina.
