O setor automotivo brasileiro encerrou 2024 com resultados expressivos. Marcio de Lima Leite, presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), afirmou nesta 5ª feira (12.dez.2024) que o ano terminará de forma marcante para a indústria. Os investimentos chegaram a R$ 180 bilhões, com vendas previstas em 2,6 milhões de unidades, um crescimento de 15% em relação a 2023. O mês de novembro registrou um crescimento de 16,5% em comparação com novembro de 2023. Este desempenho coloca o Brasil à frente do Canadá e México.
Marcio projetou uma produção de 2,5 milhões de veículos até o fim de dezembro, um aumento de 10,7% em relação ao ano anterior. No segundo semestre, as vendas cresceram 32% em relação aos seis primeiros meses, mesmo com uma leve queda nas exportações.
De janeiro a novembro, a produção acumulada foi de 2,36 milhões de veículos, um crescimento de 9,6%. Em novembro, foram fabricadas 236,1 mil unidades, abrangendo carros leves, caminhões e ônibus. Apesar de um recuo de 5,2% em relação a outubro, o mercado interno teve seu melhor novembro em dez anos. A média diária de vendas subiu de 11,5 mil para 13,3 mil unidades.
As exportações também demonstraram recuperação. Em relação a novembro de 2023, o crescimento foi de 63,4%, apesar de uma queda de 9,7% frente a outubro. No acumulado do ano, as exportações caíram 3%, com 366,7 mil veículos embarcados até novembro.
O setor criou 712 vagas em novembro, elevando o total de empregados nas montadoras para 108,1 mil. O Brasil registou o maior crescimento entre os 10 principais mercados globais, excluindo a Rússia.
Projeção para 2025
Para 2025, a Anfavea projeta vendas de 2,8 milhões de unidades, um aumento de 5,6%. A produção deve atingir 2,7 milhões de veículos, com crescimento de 6,8%. As expectativas baseiam-se na produção de novas fábricas e no recente acordo entre o Mercosul e a União Europeia. No entanto, o setor deverá sentir os impactos desse acordo no longo prazo.