A revista Time nomeou o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, como a “Pessoa do Ano”, informou a revista em um comunicado nesta quinta-feira (12). A publicação destacou seu retorno histórico à presidência dos Estados Unidos após derrotar a Kamala Harris nas eleições de novembro. Esta é a segunda vez que o magnata recebe o título, repetindo o feito de 2016, quando venceu seu primeiro mandato.
A escolha foi justificada pela influência significativa de Trump no cenário político e econômico global. “Por orquestrar um retorno histórico, impulsionar um realinhamento político único em uma geração e remodelar a presidência americana, Trump é a Pessoa do Ano de 2024 da Time”, afirmou Sam Jacobs, editor-chefe da revista. Ele também destacou a “notável capacidade de Trump de moldar as notícias do ano”.
De réu condenado a presidente eleito
O título coroa uma reviravolta impressionante para Trump, que há apenas seis meses havia se tornado o primeiro ex-presidente condenado criminalmente nos EUA. Agora, ele retorna ao Salão Oval, prometendo reformas profundas e um governo marcado por decisões controversas, como o uso da força militar para deportações em massa e promessas de indulto a envolvidos nos eventos de 6 de janeiro de 2021.
A capa da revista, projetada em destaque na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) na quinta-feira (12), mostra Trump com sua tradicional gravata vermelha, simbolizando sua vitória em um cenário político polarizado. O presidente eleito marcou presença na NYSE, onde realizou a cerimônia de abertura dos mercados.
Concorrência
Outros nomes fortes na corrida para o título incluíam Kamala Harris, Elon Musk, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e a princesa de Gales, Kate Middleton. Harris, que liderou a chapa democrata derrotada, teve apoio de seus eleitores, que tentaram promover sua indicação, mas sem sucesso.
A escolha de Trump também reacendeu o debate sobre seu impacto na política americana e no cenário internacional. Em entrevista à Time, ele reafirmou seu comprometimento com uma política externa assertiva e planos internos de desregulamentação, enquanto seus críticos apontam os riscos de suas propostas e suas declarações polêmicas sobre o uso da força militar.
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