g1 indica restaurantes e um projeto com culinária inspirada na ancestralidade. Confira. Pratos do zanzibar, restaurante de comida afrobaiana em Salvador
Zanzibar
“A primeira pergunta que o turista faz quando chega [a Salvador] é: ‘onde se come um acarajé gostoso?'”.
A pergunta retórica é de Jorge Washington, ator e afrochefe, responsável pelo projeto Culinária Musical. Ele cozinha e estuda a culinária afrobaiana, com destaque para a influência dos países africanos.
NOVEMBRO NEGRO: Confira a página com conteúdos especiais do g1 Bahia
Para o especialista, a influência africana nos pratos é tão forte que muitos nem percebem. “O acarajé, o abará, o caruru… Basicamente, essa culinária de parte do dendê é toda africana e está no nosso dia a dia, incorporada de tal modo que a gente não consegue mais comer sem”, avalia.
Como ele reforça, o acarajé, por exemplo, foi e continua a ser fonte de negócio e sustento para milhares de famílias. “É a bola de fogo de Iansã, veio com os [povos] escravizados”.
Quem são os orixás do Dique do Tororó? Monumento reverencia entidades de matriz africana
Rolê Afro: conheça roteiros de passeios com experiências afrocentradas em Salvador
Mas quem se interessa por essa culinária não precisa se restringir aos bolinhos de acarajé e abará. Confira as dicas que o g1 reuniu com restaurantes e um projeto com culinária inspirada na ancestralidade:
🥘 Axego
Arroz de hauçá do Restaurante Axego, em Salvador
Reprodução/Redes Sociais
“Quer comer um arroz de hauçá? Tem que ir no Axego, no Pelourinho”, recomenda Jorge.
O restaurante que se apresenta como o “mais tradicional” do Pelourinho tem o prato de origem africana como carro-chefe do cardápio. Na receita, carne seca, camarão, azeite de dendê e leite de coco.
📍 Local: Rua J. Castro Rabelo, nº 16 (ao lado da Praça Quincas Berro D’Água)
🕐 Horário de funcionamento: terça a domingo, das 12h às 17h
🥘 Culinária Musical
Jorge Washington, afrochefe
Heder Novaes
Não se trata de um restaurante, mas sim um projeto assinado pelo próprio Jorge Washington. Uma vez ao mês, ele promove o evento com atrações musicais — nomes como Banda Reflexu’s e Viola de Doze já participaram — enquanto cuida do cardápio.
Nas últimas edições, os pratos foram sarapatel, arrumadinho de fumeiro, moqueca de banana da terra e maxixada de carne seca entre outras delícias. A próxima e última “Culinária Musical” do ano será no dia 15 de dezembro. A venda de ingressos ainda não foi aberta.
📍 Local: Casa do Benin – Pelourinho
🕐 Horário: Ainda não divulgado
🥘 Zanzibar
Prato mais famoso do Zanzibar, ebubu-fulô
Zanzibar
“É o único restaurante itinerante porque eu já fui pra vários lugares. As dificuldades levam a gente, mas a gente resiste”, assim define Ana Célia, chef do Zanzibar, em entrevista ao g1. O estabelecimento, que existe há 46 anos, hoje funciona no Santo Antônio Além do Carmo.
Seu diferencial é a culinária, inteiramente ligada à comida ancestral, com origem africana. Em suas palavras, “afrobrasileira”.
Ana Célia, chef do Zanzibar
Zanzibar
De acordo com ela, o prato mais famoso do restaurante é o ebubu-fulô, um tipo de ensopado com tempero de gengibre e camarão seco. “Não leva dendê”, avisa. Mas tem purê de banana e um molho de camarão.
A chef indica também o fufu inha, uma farofa de inhame com salada de quiabo e peixe frito no alho, limão e sal. Para Ana Célia, o mais importante é “respeitar o sabor da comida”.
📍 Local: R. Direita de Santo Antônio, 60-B – Santo Antônio Além do Carmo, Salvador – BA, 40301-280
🕐 Horário de funcionamento: Terça e quarta – 12h às 18h / Quinta, sexta e sábado – 12h às 23h / Domingo – 12h às 18h
Veja mais notícias do estado no g1 Bahia.
Assista aos vídeos do g1 e TV Bahia 💻
