A Comissão Europeia (CE) proibiu nesta 2ª feira (18.nov.2024) todas as transações com a Islamic Republic of Iran Shipping Lines (IRISL) e seu CEO, Mohammad Reza Khiabani. A medida visa impedir o uso de embarcações, portos e docas da companhia estatal iraniana, após evidências sobre o fornecimento de drones, mísseis e componentes bélicos do Irã para a Rússia usar na guerra contra a Ucrânia.
A decisão amplia as restrições já impostas pela União Europeia (UE) ao país. No mês passado, o bloco havia sancionado a Iran Air pelo mesmo motivo.
O Reino Unido também anunciou sanções contra ambas as empresas iranianas—IRISL e Iran Air—sob a mesma justificativa de envolvimento no fornecimento de armamentos para o conflito.
O Ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, negou as acusações em sua conta nas redes sociais no domingo (17.nov). “A UE está usando o mesmo pretexto inexistente de mísseis para também atingir nossas linhas de navegação”, afirmou. “Não há base legal, lógica ou moral para tal comportamento.”
As novas sanções fazem parte de um esforço internacional crescente para limitar o apoio militar do Irã à Rússia desde o início da guerra na Ucrânia. A IRISL, maior empresa de navegação do Irã, já havia sido alvo de sanções anteriores dos Estados Unidos por suspeitas similares de transporte de material bélico.