O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta 5ª feira (12.dez.2024) que o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro deve crescer 3,5% em 2024, acima de projeção anterior do governo, de 3,3%. Ele deu a declaração durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, o “Conselhão”, em Brasília.
Em seu discurso, Haddad comemorou a conclusão das negociações do acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia, a aprovação da reforma tributária e a sanção do marco regulatório do mercado de carbono. Segundo ele, o crescimento econômico do país vem acompanhado de indicadores sociais recordes. “Vamos ter a menor taxa de desemprego, de miséria e de jovens fora da escola ou do mercado de trabalho da série histórica”, disse.
No entanto, o ministro destacou a necessidade de ajustes fiscais para manter o crescimento com baixa inflação. “Perdemos cerca de 3% do PIB em receitas primárias nos últimos 20 anos, enquanto as despesas continuam a crescer”, disse.
Haddad também defendeu a importância do recém-lançado Plano de Transformação Ecológica, que integra economia e sustentabilidade com mais de 100 ações em diversos ministérios. Segundo ele, o Brasil tem potencial para liderar o desenvolvimento sustentável globalmente por causa de sua matriz energética verde.
“A crise climática é um desafio social e ambiental. O Brasil tem condições únicas de ser uma referência mundial”, afirmou.
CONSELHÃO E LULA INTERNADO
Com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) internado no Hospital Sírio-Libanês de São Paulo, a reunião do chamado “Conselhão” é presidida pelo vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), no Palácio Itamaraty, sob condução do ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
Esta é a 4ª reunião plenária realizada pelo conselho desde a sua recomposição, em 2023. O órgão, composto por representantes da sociedade civil, assessora a formulação de políticas públicas e diretrizes de governo.
A cerimônia também será palco de anúncios relacionados à NIB (Nova Indústria Brasil), além de assinaturas de decretos, sanções e acordos de cooperação de propostas em meio a debates sobre o desenvolvimento econômico, social e sustentável.
Esta reportagem foi escrita pela estagiária de jornalismo Laís Nogueira sob a supervisão da editora-assistente Isadora Albernaz.