A próxima xícara de café da Nescafé, marca de café solúvel pertencente à Nestlé, será servida gelada. Jovens de 16 a 24 anos, que têm se destacado como os principais consumidores dessa versão, estão adotando cada vez mais o café gelado. Essa tendência foi confirmada por uma pesquisa da Nielsen, referência global em dados e análises de audiência, publicada em abril deste ano.
O café gelado tem ganhado popularidade, especialmente entre o público jovem, com um aumento significativo no consumo nos últimos anos. A pesquisa, com foco no Brasil, revela que o café é consumido principalmente à tarde e fora de casa, e 12% das xícaras consumidas são de café gelado. Esse número sobe para 18% entre a geração Z, reforçando o crescimento dessa preferência entre as novas gerações.
“Isso nos mostra e antecipa como será a ‘xícara do futuro’: se o jovem já ingressa na categoria consumindo um café gelado, com leite, mais indulgente, estamos diante de um indicativo de que, nos próximos dez anos, quando esse jovem atingir a faixa dos 35+, a categoria de café terá mudado significativamente em relação à forma como a conhecemos hoje”, afirma Valéria Pardal, diretora-executiva de Cafés Nestlé, em entrevista exclusiva à EXAME.
O café é uma das áreas prioritárias para a Nestlé e a companhia é uma das maiores compradoras de café do mundo. No Brasil, 100% do café é de origem sustentável e certificado, e mais de 90% das fazendas estão em transição para uma agricultura regenerativa. Pioneira no café solúvel e líder de mercado nessa categoria, desde 2019 a empresa vem ampliando seu portfólio de produtos e hoje atua em todos os segmentos, com opções para consumo dentro e fora do lar, tornando-se também, protagonista na produção de café em cápsulas.
Xícara gelada
Diante desse cenário, a companhia se torna pioneira ao lançar, em âmbito global, um produto da categoria solúvel desenvolvido para preparo com água ou leite gelado: o NESCAFÉ Gelado. Mundialmente, o lançamento ocorreu há apenas seis meses, na Europa e no México, durante o verão.
No Brasil, a novidade será apresentada na Semana Internacional do Café 2024 e tem previsão de chegada ao varejo em dezembro, consolidando a trajetória de inovação da Nestlé no segmento de cafés.
A SIC, como é conhecida, começa amanhã, dia 20, e se estende até o dia 22 no Expominas, em Belo Horizonte, é um evento focado em negócios e B2B que reúne profissionais do mercado do café, incluindo grandes produtores, futuros empreendedores, agrônomos, mestres de torra e baristas. Participam também representantes de empresas que atuam em diversas etapas da cadeia produtiva – desde a seleção e processamento até a embalagem do grão –, além de setores complementares, como o de leites vegetais.
“A SIC se estabeleceu como a principal plataforma para a promoção, acesso a mercados, e negócios do café brasileiro e se tornou um ponto de encontro indispensável para produtores, compradores, cooperativas, indústria, torrefadores, baristas e especialistas em café de todo o Brasil e do mundo”, comenta Caio Alonso, diretor da Espresso&CO, um dos realizadores do evento.
Para Valéria, a feira “tem um olhar para o presente e o futuro. Um espaço de inovação, tendências, experimentação. Participamos com Nescafé e patrocinadores há cinco anos, e sempre procuramos levar alguma inovação ou diferencial. No ano passado, introduzimos um café torrado e moído com torra de autor, e neste ano, decidimos ir por uma conexão com os mais jovens.”
Uma xícara a mais
Para a Nestlé, o Brasil tem protagonismo, pois a empresa enxerga um cenário de grandes oportunidades de crescimento, muito por conta do alto consumo da bebida pelos brasileiros que, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), é seis vezes maior que a média global. O modo de consumo da bebida vem mudando ao longo dos anos, principalmente com a qualidade do café e a tendência do café gelado.
“Quando falamos de café gelado, ele representa uma xícara a mais no consumo diário. O consumidor brasileiro, em média, toma quatro xícaras de café por dia: três pretas e uma com leite. No verão, esse número costuma cair para três. Agora, porém, essa xícara gelada não é apenas uma fonte de energia, mas sim um momento de indulgência”, explica Valéria.
Um dos principais fatores que têm impulsionado o crescente interesse dos jovens pelo café é o fenômeno dos Coffee Tokers, uma comunidade de criadores de conteúdo que viraliza receitas criativas e indulgentes de bebidas à base de café. No entanto, esse movimento tem raízes nas cafeterias.
Valéria explica: “Quando olhamos para as tendências, a Nestlé sempre teve uma visão de longo prazo. Já falávamos sobre o café gelado há mais de 20 anos, mas na época não era o momento certo, pois representava uma mudança de hábito muito significativa. O que realmente fez a diferença foi o impulso dado pelas cafeterias, que passaram a promover o café gelado. O consumidor experimenta fora de casa e, ao gostar da experiência, começa a reproduzi-la em casa.”
Foi esse crescimento constante, com marcos de evolução, que fez a Nestlé encarar o café gelado como um projeto consolidado em sua área de inovação.
Nos últimos cinco anos, o negócio de café da Nestlé mais que dobrou, e, em 2023, os resultados reforçaram o café como um dos principais motores de crescimento da empresa no Brasil. Até 2026, a companhia investirá R$ 1 bilhão, focando principalmente novas tecnologias, como a diversificação das curvas de torra, a flexibilização das linhas de produção para oferecer diferentes tipos de produtos, novos aromas, sabores e, principalmente, em iniciativas sustentáveis.
O lançamento do NESCAFÉ Gelado será inicialmente direcionado às regiões de São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina, com uma campanha especial de verão que oferece aos consumidores a oportunidade de experimentar o produto.
Além de ser refrescante, o café gelado permite combinações criativas. Valéria sugere uma mistura de tônica, laranja e um shot de café solúvel gelado, tudo acompanhado de muito gelo.